O filme conta em 74 minutos as aventuras do pequeno JOÃO SETE SETE, o protagonista. Toda a história se passa no distante reino do REI BARBECA que só pensa em construir uma descomunal torre. Tirano, maquiavélico, avaro de mais e mais, REI BARBECA tudo proíbe, mergulhando o reino num imenso e tristonho cinzento. Um reino onde não se pode brincar!
JOÃO SETE SETE é o inesperado acendedor de lareiras do REI BARBECA . JOÃO é JOÃO! Mas um dia passeando na interdita floresta de Azeméis, conhece uma menina que lhe fala dos segredos das pedras e dos mistérios do "outro lado da floresta"... Entretanto, a floresta vai-se dizimando e a infindável torre do castelo continua a subir. Será o TECTO DO MUNDO o topo de tão imensurável construção?
Todas as criaturas da floresta, o GNOMO e a FADA DAS ÁGUAS, olham para JOÃO como a última oportunidade. Será ele capaz?
Realizado por Carlos Silva, Costa Valente e Vítor Lopes, este filme foi produzido pelo Cine-Clube de Avanca e foi integralmente fabricado no nosso país. Utilizando a mais recente tecnologia do desenho animado, é também o primeiro filme de longa-metragem produzido em todo o mundo com recurso às imagens vectoriais com aplicação de estruturas de animação. Este processo revolucionário que já vinha a ser experimentado em várias curtas-metragens e mais recentemente em séries animadas de televisão como "VAMOS CANTAR" (também co-produzida pelo Cine-Clube de Avanca ), permitiu reduzir custos e tempo de produção para além de disponibilizar o filme com melhor qualidade para todas as plataformas de exibição desde a sala de cinema aos telemóveis.
Mesmo assim, o filme ocupou cerca de 100 técnicos ao longo de três anos de efectiva produção e vários outros de preparação. Este é o resultado do maior projecto de sempre no cinema de animação português.
A música do filme foi composta integralmente pelo Maestro António Vitorino d'Almeida , emprestando brilhantemente uma criatividade e um colorido que tornam este filme ainda mais vocacionado para toda a família, apesar de este ser um filme destinado sobretudo aos mais pequenos.
Realizador: Fernando Vendrell
Actores: Daniela Costa, Francisco Nascimento, Manuel Wiborg
Classificação: M/12
POR, 2006, Cores, 102 min.
Lisboa, 1972. Olga tem uma vida fácil, no seio de uma família abastada. Estuda na universidade, frequenta as festas da alta sociedade, joga ténis e passa lânguidas tardes à beira da piscina com as suas amigas. Mas ela sabe que é diferente: a sua pele não é branca. Olga depara-se com este desconforto progressivo, mas prefere ignorá-lo. Só que quando o seu pai regressa de Angola, após 20 anos passados no estrangeiro, o seu mundo de conforto e fantasia começa a esboroar-se. Olga já não sabe quem é ou de onde vem. Começa então a sua viagem de descoberta de identidade e liberdade. Olga envolve-se com outras pessoas, com outras formas de viver e com o teatro. E como actriz, compreende que a luta das emoções e das memórias começa na pele.
Finisterre , Onde Termina o Mundo é o filme a ser exibido no próximo sábado, 4 de Novembro, no Teatro Angrense, pelas 16:00.
Título Original: Finisterre »
De: Xavier Villa Verde
Com: Nancho Novo, Enrique Alcides, Chete Lara e Geraldine Chaplin
Origem: Espanha, 1999
88 minutos
drama
Mário e Berto vivem com a mãe, nostalgicamente ligados às ruínas da velha Combi em que os pais um dia chegaram à Costa da Morte, na Galiza, sonhando partir um dia à procura do pai ausente. Inesperadamente, Mário parte e apenas reencontra o irmão, quando este sai detrás das grades para uma "condicional" em que toda a sua vida irá mudar, sem retorno possível. Laura será como que uma ponte entre os dois irmãos, como que um testemunho passado por Mário a Berto , mantendo viva a frágil ligação entre os dois.
A crítica de Falco Fernandes
Berto, Mario e Laura, numa caminhada que nos leva de Finisterra a Lisboa, com passagem por Madrid, eis a proposta de Xavier Villaverde, realizador galego que assina aqui o seu terceiro trabalho, depois de Tacón, em 1982 e Continental, sete anos depois.
Nancho Novo, Elena Anaya e Enrique Alcides dividem entre si os crédito de um filme duro, trasbordante de imagens vigorosas e belas, por onde também passa Geraldine Chaplin, na mãe dos dois rapazes, abandonada da Costa de le Muerte, onde tudo começa e irá inapelavelmente terminar.
Caminhada marcada pela ausência do patriarca, supostamente a monte algures na América Latina, mas afinal esquecido da família, na pacata cidade de Lisboa, ali a dois passos de um outro extremo europeu, de um outro "fim do mundo"...
Visceralmente urbano, o filme de Xavier Villaverde reafirma o vigor do cinema galego, quase desconhecido entre nós, a despeito das fortes ligações entre a região autonómica espanhola e sobretudo o norte do nosso país, pese embora alguns esforços de entidades portugueses e galegas no sentido de uma aproximação, como é caso das federações de cineclubes.
Inserido no Ciclo de Cinema organizado pela CAH - Cine Angra do Heroísmo, será projectado no próximo sábado, 21, pelas 16:00, no Teatro Angrense, a curta metragem VIOLA DA TERRA e o filme ELLEKTRA, do realizador belga Rudolf Mestdagh.
Sinopse
Depois de um trágico acidente, várias pessoas perdem o seu dom natural. Debaixo do misterioso nome ELLEKTRA, em mensagens SMS, uma jovem reúne estas pessoas e procura consolá-las.
Por causa destes acidentes fatais, 5 pessoas perdem o seu amor à vida. Um DJ fica surdo, uma perfumista perde o odor, todos perdem o sentido da sua vida, incluindo Sam. A filha de Sam morreu depois de um trágico acidente de carro e a mãe tornou-se toxicodependente, mas ao encontrar a misteriosa Ellen (de 16 anos de idade), ela ganha um novo alento. Pouco a pouco, Sam reconhece que o destino de Ellen é ajudar as pessoas.
As perdas de uns podem compensar os dons de outros. Juntos crescem mais fortes e dão um novo rumo às suas vidas.
Evocando outros filmes negros como “Amores Perros” e “Magnólia”, inspirado nos pesadelos poéticos ao jeito de Lynch, no romantismo tragicómico de Jeunet e nas personagens caricatas/surpreendentes de Almodôvar, eis o mundo surrealista de Ellektra.
ELLEKTRA nos festivais
Distinguido com 9 prémios nos festivais internacionais de Avanca, B-M New York, Cyprus, Syracuse e Southampton, ELLEKTRA foi também exibido nos festivais de Ghent, Saarbrucken, Slamdance, Malibu, Moscovo, St. Petersburg, Calgary, Edmonton, Bogotá, Mil Valley,...
Ficha Técnica
Intérpretes: Gert Portael, Axelle Red, Matthias Schoenaerts, Cathérine Kools, Serge Henri Valcke, Han Kerckhoffs
Bélgica, 2004
Género: Comédia dramática
Duração: 103 min.
Classificação: M/12
Rudolf Mestdagh
Produtor, realizador e argumentista, Mestdagh nasceu em Bruxelas em 1965.
Estudou produção e realização na Academia do Filme de Bruxelas e literatura e argumento na Universidade Livre de Bruxelas.
A sua formação de produção passou ainda pelo Media Business School e pelo EAVE, ambos integrantes do programa comunitário Media Plus.
Fundou duas companhias de produção, das quais a “Cosmokino” é a responsável pelo seu filme “Ellektra”, longa-metragem distinguida no AVANCA’05.
As suas primeiras curtas-metragens valeram-lhe várias distinções, nomeadamente “Robokip” que integrando a selecção oficial, terminou distinguida com o “Platteauprize” para a melhor curta-metragem do Festival de Cinema de Cannes em 1993. Entre outros festivais, os seus filmes foram premiados em Oakland, Columbus, Rochester, Mons e Bruxelas.
Também os seus filmes publicitários foram premiados, nomeadamente com a “Bronze World Medal” do “New York Advertising Festival” e “shortlisted” em Cannes.
Nos últimos anos, Mestdagh tem estado envolvido na co-produção de vários projectos internacionais de longa-metragem.